quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Bom dia Frankfurt!

Uma pena não ter uma câmera fotográfica, pois viajei sozinha para Berlin. Meu vôo foi muito rápido e absolutamente praticamente pontual; vôo alemão. Do meu lado esquerdo, latinos cervejeiros. A minha frente brasileiros bagunceiros.Do meu lado direito, pulando uma cadeira vazia, um alemão com uma cicatriz no rosto, contato mínimo com ele, fiquei eu e o Ipod. Durante o vôo algumas turbulências poucas.


Descendo do avião coloquei - me perdida por dentre as inúmeras etnias que faziam o caminho da saída. Sozinha e inteligente, além de humilde, pus me a seguir a direção da “claim baggage” pois se não conseguisse chegar à imigração ao menos poderia rever meus tão "preciosos" pertences. Então cheguei a imigração. Não precisei falar uma única palavra com a simpática moça de meia idade de olhos azuis capengas, ela apenas me apontou a direção a seguir. Nas esteiras rolantes em poucos minutos eu estava carregada com minhas malas e mais alguns segundos meu esposo me esperava com uma rosa vermelha aveludada, a qual guardamos delicadamente na aba da mala.


A cidade de Frankfurt tem uma estação maravilhosa, onde comecei a ver os rostos brancos e os olhos azuis da maioria dos germans people. Deixamos as malas em armários onde se paga quatro euros. Andar em outro país é começar uma nova vida, mesmo quando se está apenas em uma viagem de férias. Os olhos não cabem em si. Cada imagem é um “flash”, pena que a mente apague tudo, ou quase tudo, mais tarde.


Foi em Frankfurt que a Alemanha sorriu para mim, em meio ao frio que não se sente, crianças branquinhas e lindas falam uma língua esquisita que não se compreende, tão lindas que são. Eu simplesmente me apaixonei pelas crianças daqui. Dá vontade de ter uma só para ficar olhando aquela pureza diferente de um povo ainda desconhecido, falando com a voz da delicadeza poucas palavras já aprendidas que eu não posso entender.

Ao começar o passeio por Frankfurt um alemão nos parou. Falava alemão. “Ich spreschen kein deutsh” (sic) “Não falo alemão” então ele solta “English?” Enquanto comia uma coisa parecida com churros no formato de algum símbolo místico. E se pôs a falar e a falar nos perguntando coisas improváveis como “Vocês acham que a ligação telefônica aqui é cara?”. Um figura muito interessante, meio careca e muito dado, é um provável usuário de tóxico, mas que nos fez ver que na Alemanha tem muita gente louca da cabeça como em qualquer outro lugar do mundo. Adorei.

Depois fomos andando ao lado de carros caríssimos dos quais eu nem mesmo tinha ouvido falar. Uma coisa que já percebi, existem muitos ricos aqui. O almoço foi em um restaurante americano, com beaf e batatas enormes, uma cerveja americana e um copo grande de Coca-Cola. A velha Chicago tem um cantinho em Frankfurt, não me lembro o nome do restaurante temático, mas tirou a barriga da miséria.

Pegamos o trem bala para Berlin. Cansados e prontos para encarar a cidade mais encantadora da Europa: Berlin. Será Berlin? Qualquer que seja ele, o tempo dirá.

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