sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Eu e o Kennedy


"Ich bin ein Berliner" ("I am a Berliner") is a quotation from a June 26, 1963 speech by U.S. President John F. Kennedy in West Berlin.


Agradecimentos

É o fim de uma temporada e necessário se faz que os agradecimentos sejam devidamente feitos.

Primeiramente deus, essa coisa monumental, incognoscível, indescritível, irreconhecível, mas tremendamente justo e amável.

Meus pais, que se encontraram, se amaram e fizeram eu. Nada é fruto do acaso.

Meu companheiro, marido, namorado e amigo Fernando que inventou essa história e acabou escrevendo uma bonita página em minha vida.

Os coadjuvantes e figurantes extremamente importantes dessa saga:

Carmencita, Daniel, Sérgio, Franziska, Etsuko, Frau Mattner, Mario Brothers, Frau Morgan, Soresine, Renata, Valentina e Janaina. Meu urso Spandau e minha abelhinha amiga.

A Lufthansa que proporcionou uma viagem agradável, o alemão de Frankfurt que também foi muito agradável e a todos os alemães que foram agradáveis. Aos desagradáveis, a lei.

Obrigada ao Evangelho e ao Minutos de Sabedoria.

Ao pessoal do centro.

Ao pessoal do Instituto Cervantes.

Ao Luis Fernando Guimarães e a Fernanda Torres.

Aos caixas ultra-mega-rápidos do supermercado, ao João Ubaldo Ribeiro, ao pessoal do curso de alemão da Neu Schule, menos para a pessoa que me vendeu um livro novo que já estava usado. Ao pessoal da ópera Carmen e aos turcos do Kebap

Agradeço:

Marisa Monte
Elba Ramalho
Zeca Baleiro
Zeca Pagodinho
Smashing Pumpkins
U2
Rita Lee
Red Hot
Prodigy
Pixies
Kid Abelha
Jamiroquai
Ivete Sangalo
Ira
Elis
Cachorro Grande
Bob Marley
Auf Der Maur
Kasabian
Kings of Leon

Por simpaticamente caberem todos no Ipod e adentrarem aos meus ouvidos enquanto percorri as ruas de Berlin.

Agradeço a todos os leitores, em especial, Fran e Marcelo que nunca me deixaram só.

Nos encontramos novamente em:

www.overdosedepaeja.blogspot.com

As últimas fotos


















quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Ampulheta

Hoje amanheceu um dia de céu branco. Berlin está se esvaindo como acontece com as ampulhetas. A areia está caindo, meu tempo aqui terminando. Eu sei que as poucas pessoas que às vezes lêem o que está escrito aqui, meus leitores especiais, não entenderiam o que é deixar essa cidade na minha visão.

A visão que cada um tem de si próprio é um Universo paralelo aos já infinitos Universos que acredito existirem. Portanto, não suponho que alguém possa entender Berlin na minha visão. Berlin até depois.

A cidade que me ensinou a viver longe dos meus pais, longe do interior de São Paulo. A cidade que me ensinou a sentir o mundo como um único lugar e que a saudade e a presença física das pessoas amadas são inversamente proporcionais quando as guardamos conosco no espírito e no coração. Não há uma regra definida e foi Berlin que me ensinou isso.

Berlin me ensinou que o frio não é físico, é psicológico. Que muitas pessoas não querem que você mude porque elas mesmas não têm coragem de fazê-lo, mas que se você acredita na mudança deve ouvir apenas a si mesmo. Claro, o bem senso é a arma que te sustentará.

Não há uma foto que dramatize as palavras aqui escritas, portanto, restam apenas a tinta preta e o papel - virtuais - desse computador. A areia está caindo...Podes escutar o ínfimo ruído que ela faz?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Mutum!


Mutum


Bem, o planejado era ficar em pé, no gargarejo, para tirar uma foto do Wagner Moura e talvez dos outros atores de Tropa de Elite, possivelmente para colocar no orkut e de alguma forma receber um reconhecimento do tipo: “Olha, ela tem uma foto com o W.M…, global e tal”. Mas, não foi o que aconteceu.

Franziska, minha amiga mezzo brasileira, mezzo alemã, entrou em contato comigo para que fosse assistir com ela a um filme do festival, “Mutum”, a primeira vez que ouvi o tal nome, estranho por sinal.

Expliquei a ela a história do Wagner Moura, ela não quis atrapalhar a minha programação. Pensei. Só eu mesma para ficar em pé um bom tempo, torcendo por alguns bons ângulos de um ator do qual nem sou fã. Desisti na hora. Iríamos assistir à “Mutum”.

Mutum é a mesma coisa lido de trás para frente, Franziska comentou. Estávamos eu, ela, a amiga brasileira dela e o namorado alemão da amiga brasileira dela. Mal sabia eu que estava prestes a ter a experiência mais doida da minha vida: assistir a um filme em três línguas (ou quatro) de uma vez só.

O áudio era em português, falado em “mineirês” (Mutum é um lugarejo do sertão de Minas Gerais), com legenda em inglês e sendo dublado – ao vivo – por uma moça em alemão. Meu cérebro ficou bem confuso coitado. Tentava ouvir o áudio, mas estava baixo. Aí tentava ler em inglês, mas queria olhar as imagens. O alemão eu sabia que muito provavelmente ficaria para a próxima encarnação...

Mas não foi só isso que fez de Mutum uma experiência marcante.

É um filme em que os atores não são profissionais. Um filme que se passa no sertão. Um filme que é falado em “mineirês”. Um filme que é baseado nas histórias de Guimarães Rosa. E o ator principal, uma criança, é expressivo demais da conta sô! Os olhos, o cabelo, a boca, os gestos, o andar, o sorriso, as lágrimas. Como pode um ator não profissional representar dessa maneira?
Mutum nos oferece a melancolia da vida do sertão, a princípio só vemos tristeza, mas depois ao lembrar das gargalhadas de Thiago, do papagaio, das brincadeiras de criança... Mutum com certeza pode se tornar um lugar mágico, parado no tempo, dono dos sentimentos mais puros: os sentimentos infantis.

U 7 !!!